Roraima deve voltar a receber energia da Venezuela em 30 dias, diz ministro

Segundo Alexandre Silveira, medida deve representar economia de R$ 10 milhões por mês devido à redução no uso de óleo diesel pelas térmicas

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BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta sexta-feira, 20, que Roraima deve voltar a receber em 30 dias energia venezuelana produzida na usina hidrelétrica de Guri. Silveira afirmou que assinará o acordo com as autoridades da Venezuela na próxima semana.

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“Eu vou na segunda-feira à Venezuela a fim de que possamos acelerar o processo de importação da energia de Guri”, declarou. “Vamos restabelecer imediatamente essa transmissão”, disse o ministro.

Roraima é o único Estado que não está conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e, até 2019, recebia energia elétrica por meio do Linhão de Guri. Desde que a importação foi interrompida, a população é abastecida por energia gerada por termelétricas.

“Espero que, se tecnicamente a linha de transmissão estiver segura, se a produção de energia na usina estiver dentro da normalidade, conforme são as informações que nós já temos, acredito que, dentro de 30 dias, já vamos ter estabelecido essa parceria com a Venezuela, e energia chegando em Roraima”, disse.

Roraima não é conectado ao Sistema Interligado Nacional, que permitiria deslocar a geração de energia de outras partes do País para o Estado. Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

De acordo com o ministro, a importação de energia do país vizinho levará a uma “diminuição em torno de R$ 10 milhões por mês para o consumidor de energia brasileira, porque vamos economizar em óleo diesel nas térmicas de Roraima.”

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Silveira afirmou que o linhão que liga a usina ao Estado tem condições de transmitir de 20 a 30 megawatts (MW). “Vamos vistoriar toda a linha de transmissão que está dentro da Venezuela, da usina de Guri até a linha de transmissão já dentro do Brasil que vai até Roraima”, afirmou.

O ministro disse ainda que deve se reunir com o ministro responsável pela área de petróleo no país vizinho para tratar sobre a questão dos combustíveis.

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